quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Entrevistado de Agosto - Félix Rodrigues

Nosso entrevistado do mês de agosto é o folclorista Félix Rodrigues. Nasceu no dia 27 de fevereiro de 1996 no Rio de Janeiro. Seus pais Antônio Jose Fonseca dos Santos , português da Serra da Estrela, Vila Chan e Helena da Conceição Rodrigues dos Santos, brasileira do Rio de Janeiro.Félix estuda no Centro Federal de Educação Técnologica Celso Sockow da Fonseca (faz ensino médio e ensino técnico de Eletrotécnica).





Félix no Folclore

Quando você entrou para o folclore português e conte um pouquinho da sua trajetória.
Comecei a dar os primeiros passos aos 4 anos, no Rancho Folclorico Ceifeiras de Portugal. Tomei gosto pela a dança e continuo dançando até hoje. Após um festival de folclore, que não me recordo a data, fui dançar no Grupo Folclórico Imaculado Coração de Maria. Depois a brincadeira foi ficando séria, rs, fui convidado pela Dilcinha a dançar pelo Rancho Juvenil Benjamim Pires da Casa do Minho e de lá nunca mais saí!

Você já foi a Portugal? Quantas vezes?
Conte sobre a sua viajem.
Nunca fui, é sonho que pretendo, brevemente, realizar!

Fale de uma passagem marcante sua como folclorista.
Uma passagem que eu nunca esqueço, foi o meu primeiro ensaio no Benjamim Pires. A primeira música que eu aprendi foi Cana-Verde desgarrada, e o ensaio era comandado pelo Serginho (rsrsrsrs). Muito marcante!

Fale do Maria da Fonte quando vc começou e do Maria da Fonte hoje:
Bem, não tenho muito tempo de Maria da Fonte. Mas o Maria da Fonte sempre foi e continua sendo um rancho de excelência mundial, de belas músicas, excelentes bailadores, etc...
  
Quais são suas expectativas para o futuro do folclore:
Ir à Portugal, com certeza.

Cite um ou mais:
 
Presidente: Agostinho dos Santos

Rancho folclórico: Lavradeiras da Meadela

Diretor artístico: Fernando (Ceifeiras de Portugal)

Apresentador: Seu Paulo

Bailadores: Cleber Cardoso, Carlos Alberto, Kaka.

Bailadeiras: Monique e Maria Lúcia (Ceifeiras de Portugal)

Folclorista (Quando falo folclorista, falo daquele que tem comprometimento com o folclore): Fernanda Enes Salgueiro

Cantador: Antonio Pinheiro

Cantadeira: Maria Alice

Sanfoneiros ou Acordeonistas: Pinheirinho

Personalidade da comunidade: Bem-vinda Maria

Música de folclore (melodia mais bonita): Gota do Calor (Afife)

Música de folclore (dança mais bonita): Gota da Meadela

Félix x Félix

Música:  Sou muito eclético. Gosto de Pagode à Heavy Metal, de axé à Punk Rock.

Comida que mais gosta: Strogonoffe de Frango

Comida que menos gosta: Por incrível que pareça, Bacalhau.

Amizade: Pra mim, amizade de verdade temos poucas, mas valem à pena por serem verdadeiras!!

Família: Porto seguro

Saudades: saudade da infância, de poder fazer qualquer coisa sem medo das consequências.

Humildade: Uma das principais virtudes do homem

Tempo: Tenho muito pouco (rs).

Preconceito: Acho ridículo, até porque somos todos humanos e devemos respeitar as diferenças.

Uma mulher bonita: Todas são. ;)

Um homem bonito: EU (RS)

Ídolo: Meu pai

Escola de Samba: Beija-Flor de Nilópolis

Time: CR VASCO DA GAMA, É CLARO.

Passatempo preferido: Futebol

Quem é Félix (me defina vc)?
Dificil falar de você mesmo, mas eu sou um cara legal, bonito (né?rs), que sempre sonha em um dia realizar seu sonhos, etc....

O que vc está achando do Blog? Tem algo para acrescentar?
Acompanho sempre que posso, gosto de ler as entrevistas e tudo mais....














terça-feira, 24 de julho de 2012

Amigos do Maria da Fonte - Acácio Saraiva




No mês de julho, convidamos um dos maiores apaixonados pelo Rancho Maria da Fonte e podemos dizer que um dos nossos melhores amigos. Um dos grandes folcloristas do Maria da Fonte e um dos maiores conhecedores de trajes etnográficos da região do Minho. Estamos falando do carioca, ACÁCIO SARAIVA, filho de Acácio Joaquim Saraiva e Anna de Jesus Alves. Por coincidência ou destino, Acácio é casado com uma Ana, Ana Maria Barreto e tem dois filhos, Léo e Lucas. Seus pais são portugueses de Cidadelha de Aguiar - Vila Pouca de Aguiar - Trás-os-Montes. Acácio é autônomo e trabalha como técnico de informática. Agradecemos o Acácio por enriquecer o nosso blog com a sua maravilhosa entrevista.

Acácio no Folclore

Quando você entrou para o folclore português, conte um pouquinho da sua trajetória e por qual motivo, vc deixou o folclore?

Eu sempre gostei das músicas de folclore Português, lembro que meu Pai aos domingos ouvia pelo rádio os programas Portugueses do Lima Abreu e Lopes Gonçalves (este ainda no ar) entre outros. E ele tinha uma maleta tipo “007”, preta, que agente tirava a tampa e era um toca disco e ele colocava os discos que comprava e ganhava de amigos que vinham de Portugal, eram Irene Coelho (adoro) e este está comigo, Olivinha de Carvalho, também está comigo, Francisco José, entre tantos outros de Folclore de Portugal de Norte a Sul chamado de Festada do Tâmega e outros. Minha família paterna sempre teve o gosto pelo Folclore, tenho um tio, Manuel das Caixas, como é conhecido, que tocou acordeom na Casa do Minho na década de 50; o Carga Pesada, João, dançou na Casa dos Poveiros e depois ajudou a fundar a Casa Aldeias de Portugal.... então, em 1975 meu Pai, acompanhado de um amigo, levou-nos a conhecer a Casa de Viseu, participávamos de almoços aos domingos, era feijoada parece, me lembro muito que minha mãe colocava couve a mineira e laranja descascada no meu prato e dançávamos a tarde toda, cheguei a ir a 2 ensaios do Rancho mais era muito longe e tarde da noite e meu Pai não poderia me levar aos ensaios. Daí, meu tio João (falecido) “CARGA PESADA” era diretor da Casa Aldeias de Portugal na época, levou-nos a conhecer esta agremiação e lá passamos a frequentar as festividades, quando em 28 de Agosto de 1977, entrei para o Rancho Folclórico das Lavradeiras de Portugal e lá fiquei até 1984, exercendo nestes 7 anos a função de dançarino, diretor social, diretor de divulgação, ensaiador do mirim e apresentador. Foram maravilhosos esses 7 anos (♥). E no decorrer destes anos fui participando de Festivais de Folclore, no Maracanãzinho e depois no Arouca, e fui tomando gosto e paixão pelo Folclore do Minho, comecei a ler, pesquisar sobre a etnografia e Região, viajei à Portugal.......
Depois que saí do Aldeias tentei ir para o Verde Gaio, quando ensaiava na Casa de Trás os Montes, mas não deu certo porque era complicado pra chegar até lá de BUS, morando na Zona Oeste, Campo Grande, ficava difícil, então voltei pro Aldeias por alguns meses. Daí em 14 de Junho de 1984, eu e uma amiga do Aldeias, Fátima Cristina, com os seus Pais e irmãos fomos visitar o ensaio do Maria da Fonte, aonde fomos muito bem recebidos pela amiga Neide e pelo Sr. Joaquim Fernandes, o qual já o conhecia por residir em Jacarepaguá e frequentar as Aldeias de Portugal na época. Lá encontrei também uma amiga, a “Belinha” também residente em Jacarepaguá e na semana seguinte lá estava eu e a Fátima Cristina entrando para o Maria da Fonte, o “SONHO” das nossas vidas, na época o ensaiador era o Paulo Soares que nos ensinou as primeiras coreografias originais do Folclore Minhoto. Hoje agradeço ao Sr. Manuel e a D. Florinda, Pais da Fátima Cristina, que me deram carona e que me hospedaram em sua Casa, em Vargem Grande, as quintas-feiras, às vezes sextas-feiras quando havia a Toca do Minho e aos sábados quando havia a Quinta de Santoinho, e estando lá até o ano de 2004.
Na verdade eu nunca deixei o Folclore, sempre estive presente em algumas festividades, e, espiritualmente nas principais exibições, torcendo sempre pelo sucesso do Maria da Fonte. A vida da gente as vezes muda e eu com 2 filhos pequenos, a violência da cidade aumentando, eu pegava a Avenida Brasil toda de ida e volta, tarde da noite, ficamos muito apreensivos com tudo isso, e decidimos então optar pela nossa segurança e não mais sairmos a noite.

Você já foi a Portugal? Quantas vezes? 
Sim. 5 vezes
Conte sobre a sua viajem. Bem, viajar com um grupo Folclórico é uma coisa maravilhosa, você tem a oportunidade de conhecer vários lugares diferentes, fazer novos amigos, já quando você viaja com família é difícil você correr o país, passar noites em várias cidades. Viajei 2 vezes no Grupo da Benvinda Maria (85/86) e 1 com o Maria da Fonte (91), foi quando finquei minhas raízes em Viana do Castelo definitivamente(♥). A viagem com o Maria da Fonte foi um pouco tensa mas muito proveitosa. A emoção maior desta viagem foi na nossa primeira noite em Viana do Castelo, após o Jantar no Restaurante Náutico, fomos surpreendidos com uma belíssima e inesquecível recepção do Grupo Folclórico das Lavradeiras da Meadela, formado e trajados do lado de fora do restaurante, esta emoção foi muito forte, esta cena ficou marcada em minha vida.  Também conheci, nesta viagem, a autentica 5ª de Santoinho, participei da Romaria mais linda do Mundo, A Srª D’Agonia, assisti aos fogos no fim desta Romaria, coisa que só conhecia por vídeos  e fotos, Participei do Festival Internacional de Santa Marta de Portuzelo, conheci a Sede do Grupo das Lavradeiras da Meadela(♥), nasceram novas e eternas amizades e foram reforçadas as antigas. A viagem foi muito divertida, o grupo estava muito unido, como podem ver nos vídeos por mim filmados nesta viagem. 




As outras 2 vezes foi com a família, pouco tenho a falar....

Fale de uma passagem marcante sua como folclorista.

A realização da festa etno-folclórica na Casa do Minho por mim organizada, em 1999. Foi uma passagem muito marcante.

Fale do Maria da Fonte quando vc começou e do Maria da Fonte hoje:

Bem, é difícil falar algo a respeito disso, pois cada um tem sua visão dentro do Folclore. No início era “uniforme escolar”, na minha visão etno-folclórica, agora a tendência é ficar sempre cada vez melhor se for nesse caminho que está ATUALMENTE. É buscando a autenticidade, fazendo recolhas de músicas, coreografias e trajes e é tendo humildade que o grupo cresce, fica bonito e autentico representante da Região do Minho no Brasil, não é inventando coisas inexistentes no Folclore que vai melhorar o grupo. Até os maiores Grupos de Viana do Castelo estão nos dias de hoje buscando as verdadeiras raízes através de fotos e trajes antigos recolhidos nas arcas de várias famílias e aprimorando o seu repertório e o seu patrimônio etnográfico. Estão revendo o uso do ouro, o traje que estão usando, os tamanhos das medalhas e dos brincos a quantidade de fios ao pescoço, a altura das saias o bordado, as mangas das camisas....... O Maria da Fonte, hoje, está no meu ver muito BOM e vai ficar EXCELENTE se esta direção permanecer na frente do Grupo.

Quais são suas expectativas para o futuro do folclore:

Creio que se os Diretores e Presidentes das nossas casas regionais não reconhecerem o esforço, nem darem oportunidades aos atuais componentes de mostrarem seus trabalhos em prol do Folclore Português, este, findará e restará apenas um prédio vazio e cheio de contas e dívidas a pagar. Ainda há tempo de evitar que isto aconteça, os componentes dançam de GRAÇA porque amam as suas raízes e as tradições portuguesas, perdem horas, dias, anos de suas vidas se dedicando ao Folclore e ainda (alguns, não todos) são surpreendidos com sermões, broncas, bate bocas, etc... O componente não pode levar namorada, esposa, filhos ou pais de graça para entrar na casa que ele defende há anos, pois tem que pagar a entrada dos mesmos, enquanto tem diretores, sem a ciência da presidência, que colocam para dentro, DE GRAÇA, os próprios filhos que não pertencem ao Rancho da casa e seus amigos, papagaios, cachorros e periquitos..... Fica a dica.

Cite um ou mais:

Presidente: Sr. Agostinho dos Santos (CASA DO MINHO/RJ) e Manuel Coelho (CAMPONESES DE PORTUGAL).



















Rancho folclórico: MARIA DA FONTE E AROUCA BARRA CLUBE.

Diretor artístico: Joaquim Fernandes.

Apresentador: Odir (o mestre) e Eu (risos)




















 

Bailadores: Cleber e José Paulo Guedes

Bailadeiras: Ana Paula Ferreira e Cristina Figueiredo



















Folclorista (Quando falo folclorista, falo daquele que tem comprometimento com o folclore): Cacá e Luciano TRE





Cantador: Pinheiro (Minho) e Camilo (Garret)

Cantadeira: Rosa dos Santos (Minho), Alice (Minho) e Maria Soares (Arouca)

Sanfoneiros ou Acordeonistas: Meu compadre Cláudio Gonçalves, Alexandre Pinheiro e Patrick.

Personalidade da comunidade: Eu diria PERSONALIDADES: Agostinho dos Santos , Cesar Soares, Manuel Coelho, Cardão são personalidades que lutam incansavelmente pela sobrevivência do Folclore Português no Rio de Janeiro.

Música de folclore (melodia mais bonita): Bem, você disse “cite um ou mais” então lá vão: Gota da Meadela, O Desafio (Meadela), vira da Ponte da Barca (original), Gota de Afife.......

Música de folclore (dança mais bonita): Gota da Meadela e Gota de Afife.

Acácio x Acácio

Música: Qualquer uma de Oswaldo Montenegro

Comida que mais gosta: Arroz e feijão com acompanhamentos.  
 
Comida que menos gosta: Buchada, feijoada........

Amizade: É tudo na vida da gente. Dizia meu grande amigo e sogro “BARRETO” que “.. QUEM TEM AMIGOS,TEM TUDO...” mas nem todos que te dizem ser seus amigos, são os verdadeiros, nem sempre aqueles que tomam a cervejinha de todo fim de semana contigo, que você faz a questão de pagar, são seus amigos, porque na hora que você precisar deles, eles nem te conhecem e saem pela tangente. Mas se aparecer alguém pelo menos com uma palavra de apoio para te confortar nas horas difíceis da vida, sem tirar proveito algum, este sim, é o seu verdadeiro amigo.

Família: A base da minha vida.

Saudades: Muitas, muitas saudades do meu sogro BARRETO. (+2002)

Humildade: É o caminho para o sucesso na vida.

Tempo: Passa rápido demais para perde-lo com discussões e brigas.

Preconceito: Nenhum. O sangue que corre nas minhas veias corre nas veias de todos os humanos, somos todos filhos de DEUS, do mesmo DEUS, independente de raça e credo.

Uma mulher bonita: Minha esposa (claro né!! Risos)

Um homem bonito: Meu Pai (que se parece comigo.... risos)

Ídolo: Meu sogro BARRETO

Escola de Samba: BEIJA FLOR DE NILÓPOLIS!!!!

Time: BOTAFOGOOOOOOO!!!!

Passatempo preferido: Ler e aprender.

Quem é o Acácio (me defina vc)? Sou uma pessoa que me dedico a família, esposa e filhos, 24 hs/dia, levanto de madrugada e cubro os filhos descobertos, faço o café da manhã, levo e busco na escola, dou os remédios a esposa e filhos nas horas certas, acompanho esposa e filhos aos médicos, vejo deveres de casa com os filhos, gosto de fazer meus doces (bolos, pavês, pudins, etc..), sou um apaixonado pela minha religião, Umbanda, e um eterno pesquisador sobre essas raízes. Hoje eu sou uma pessoa mais calma, sensata, otimista e tendo ainda muito que aprender e viver nesse mundo de meu Deus!

O que vc está achando do Blog? MARAVILHOSO
Tem algo para acrescentar? NÃO

Mensagem Final:

Amigos, a humildade é o resultado final do nosso trabalho, o Sucesso!
Sedes humildes e perseverantes, que serás um vencedor!!!
Acácio Saraiva.



 Cidadelha de Aguiar 
Casa dos seus avós e local onde nasceram seus pais e tios






quinta-feira, 28 de junho de 2012

Entrevista de Julho - Isabel Pinheiro





A nossa entrevistada do mês de julho, é a componente Maria Isabel Freitas Pinheiro. Nasceu no Rio de Janeiro, no dia 08 de outubro de 1970. É filha de grandes cantadores, Antonio Pinheiro Freitas (Pinheirão) e Maria Preciosa Pinheiro Gaspar (Preciosa), naturais de Vila Meã - São Tomé do Castelo - Vila Real - Portugal. Tem uma filha linda e amada, que se chama Isabella Pinheiro Cabada. Sua formação é cirurgiã-dentista e ama muito sua profissão.

Quando você entrou para o folclore?
Bem, estou no folclore desde que me entendo por gente. Aos 3 anos e meio já fazia parte do Grupo Folclórico Conde Sucena da Banda Irmãos Pepino, mas pouco me lembro deste tempo, pois ainda bem pequena fomos para Casa de Lafões, onde eu era mascote no Grupo Folclórico João Ramalho, que era ensaiado por meu tio Wanderlei. não eramos um grupo, mas sim uma grande família, foram tempos maravilhosos que passei na minha infância.
Depois, não sei bem o que aconteceu, saímos e fui para o Garrett, onde não durou muito, uns seis meses, sei lá e fui parar num rancho que nunca tinha ouvido falar, o Verde Gaio. até hoje nunca entendí bem toda esta travessia, mas tudo bem, deixa prá lá!
Bem, no verde gaio, só posso dizer que foi muito bom tudo que viví naquele rancho. Até que um dia resolví ir atrás de um antigo sonho, e em 1993 passei a fazer parte do Rancho Folclórico Maria da Fonte, onde estou até hoje com a minha família.

Você já foi á portugal? Quantas vezes?
Sempre passei férias em Portugal, e nunca parei prá contar.
Mas com Rancho Folclórico, fui em 1985 e 1989 com o Verde Gaio, e posso dizer que foi bom. Sempre conhecemos lugares lindíssimos e  pessoas incríveis.

Fale sobre uma viagem marcante:
Demais prá mim,  foi ir à Buenos Aires para dançar no Clube Portugues de Isidro Casanova.  Aquela gente nos aplaudia de pé e com as lágrimas rolando no rosto de tanta emoção e saudade da sua terra natal.

ISABEL NO FOLCLORE

Presidente: Agostinho dos Santos

Rancho Folclórico: Verde Gaio (80/90) e Maria da Fonte



Diretor Artístico: Claudio Luiz de Freitas Ribeiro (Arouca Barra Club)

Ensaiador: Tio Wanderlei (José Antonio Dias), Carlos Alberto e Káká

Apresentador: Dr. David Fernandes


Dançarinos:  


           Ítalo
                Alex
               Patrick


Dançarinas: Há muitas, mas admiro muito Carla Rosa e Cristina Figueiredo


           Carla Rosa
    Cristina Figueiredo

Folclorista:  Somos todos, não?!


Cantador: Pinheiro (meu pai), José Pinheiro (in memorian), Tio Wanderlei e Pezinho.


Cantadeira: Preciosa (minha mãe) e Rosa

               Preciosa
               Rosa


Sanfoneiro: rsrsrs bem, prá mim ele é o melhor do mundo …  Pinheirinho


    Família Pinheiro: Pinheirão, Preciosa, Isabel, Isabella e Pinheirinho


Acordeon: Fausto, Cláudio e Ivan


            Ivan Viana


                  Claudio

Personalidade:   Sr. Cézar Soares
Comida que mais gosta: japonesa
Comida que menos gosta: Pratos exóticos.
Amor: o ágape e o da minha filha.
Amizade: qualidade e nunca quantidade
Família: depois de muito navegar, é o porto para o qual sempre voltamos
Música: gosto  de boa música, principalmente as inteligentes.
Mulher bonita: Madre Tereza
Homem bonito: Chico Xavier
Ídolos:  Deus
Tempo:  é o senhor de todas as coisas.
Portugal:  é a minha 2ª casa
Brasil: “coração de mãe”, sempre cabe mais um! terra adorada entre outras mil…
Política: não acredito 
Preconceito: não tolero nenhuma forma
Escola de samba: Unidos da Tijuca
Times: Vasco da Gama e Benfica
Passatempo: malhar, ler, ouvir música e assistir filmes.

Isabel por Isabel:
Tranquila, verdadeira, amiga, sensível, inteligente, admira o belo e o bom gosto.
Intolerante à falsidade, mentira, hipocrisia, injustiça e pessoas sem conteúdo.

Quem é Isabel?
uma phoenix.
aprendí com meus erros e acertos,
aprendí a recomeçar,
aprendí a não ter medo do novo.

Mensagem final:
Fique atento ao que diz a sua boca,  pois dela só sai aquilo que o coração está cheio…
Será que temos prestado atenção em nossos corações?!
De que será que ele está cheio?!!



quinta-feira, 14 de junho de 2012

SÉRIE "TRAJES MINHOTOS"



TRAJE À VIANESA DE FESTA

O traje de Lavradeira do Minho  é dos mais vistosos de todos os trajes "à Vianesa", pela predominância do vermelho e a riqueza dos bordados, numa combinação perfeita com o preto.  É usado em dias de festas e ocasiões especiais. É por excelência o traje mais rico do Alto-Minho. O Avental, vermelho, ricamente tecido no tear, com motivos florais, figuras geométricas ou heráldicas. O Lenço da cabeça, em tons vermelhos e amarelos é apertado no alto da cabeça, com as pontas recolhidas ou em forma de “cornos” sem franjas. O Meio lenço, dos mesmos tons e desenhos do lenço da cabeça, é colocado sobre os ombros e ajustado no peito. O Colete é feito ao gosto de quem o usa, havendo uma ligação com os motivos do avental, tendo ainda assim uma grande variedade de motivos, sendo bordado a lã, vidrilhos, lantejoulas e missangas.  A camisa é de linho branco bordado a azul e a Algibeira que usam é bordada com os mesmos motivos do colete. As Meias brancas de algodão são rendadas e tricotadas à mão e as Chinelas são pretas bordadas ou lisas. A Saia é tecida em lã de cor vermelha com listas longitudinais brancas e pretas. O Ouro ao pescoço e os brincos completam e dão ainda mais riqueza a este traje.

Evolução

Os trajes de Viana do Castelo não nasceram tal qual se apresenta nos dias de hoje. Houve uma evolução, é natural, é obra inevitável do tempo. Vai-se apurando o gosto, vai-se apurando a arte de tecer e bordar. E fazendo-se estas mudanças, sem a deturpação do que é genuinamente popular. A evolução do traje, que se acentuou a partir do evento da República, não para hoje como nunca parou.
Essa modificação assentou essencialmente nas cores. Com efeito, até ao século transato os matizes escuros predominavam. Timida­mente eram usadas as cores berrantes. O vermelho entremeava, muito levemente, as riscas verticais das lavradeiras (a propósito desta cor sabe-se, por exemplo, que os açougueiros se identificavam pela sua gravata vermelha). Realmente a cor tinha muita influência. Quando em Outeiro, uma ascendente de lavrador começou por intercalar levemente o vermelho na saia foi censurada de leviandade!
Nos aventais estavam em uso os quadros na referida época (era vulgar ouvir chamar «ABANTAIS DE CADROS»), motivos geométricos.
A partir da primeira Grande Guerra surge às alterações sen­síveis no desenho dos fatos e para tal deu um certo impulso a  imagi­nosa tecedeira que deixou fama ao longo destas paragens. Era a chamada «Çãozinha da Branca», da Meadela ) que lançou modestas silvas bordadas a lã branca na parte superior da barra das saias, tira lisa de pano na parte inferior das saias, a cor variava de aldeia para aldeia e que na época mediam 18cm de altura. Com o tempo, a altura da barra foi aumentando e a sua decoração torna-se exuberante e cheia de cores. Além das singelas silvas, passam a aparecer flores, folhas de várias cores e as quais se juntam, dependendo da aldeia, lantejoulas que salpicam a barra da saia. Volvido cerca de meio século sobre o artificioso arrebique, ainda se mantém com aprazimento de tecedeiras e lavra­deiras.
Teria sido um ponto de partida para os motivos florísticos que começaram a adornar os trajes. Diga-se, entretanto, que os lenços de namorados já anteriormente exibiam além das pitorescas quadras de juramento de amor eterno, o esboço de flores.
Uma das localidades que menos se preocupou com a introdução de alterações ao padrão do seu traje foi justamente a de Areosa, cujo fato vermelho de festa é considerado o mais representativo de Viana, considerado o traje mais Vermelho dos trajes vermelhos À Vianesa. Quando se concentravam centenas de garbosas moçoilas por ocasião da festa do Traje, distinguiam-se imediatamente as de Areosa, com as suas saias de barra em vermelho vivo. Afife usa-as em azul, assim como Carreço em preto, sem silvas, mais comuns aos trajes da Ribeira Lima.

Traje à Lavradeira, à moda do Minho ou à Vianesa de Festa?
Os Etnógrafos, Pedro Homem de Mello e Cláudio Basto, este último na sua excelente monografia sobre o “Traje à Vianesa”, escreveram e falaram sobre a errada vulgarização desse termo. O traje à vianesa, à moda de Viana ou, ainda, à lavradeira (isto porque, de um modo geral, só as lavradeiras, filhas de lavradores, tinham posses para possuí-los), o legítimo e inconfundível e, por certo, o mais rico do património folclórico nacional, é somente usado em nove das trinta e seis freguesias do concelho de Viana do Castelo. É verdade, claro, que aparecem noutras localidades minhotas, trajes com poucas ou muitas afinidades, mas, flagrantemente diferentes e, em alguns casos até híbridos, dos trajes tradicionais, antigos e religiosamente talhados, que as raparigas das nove localidades vianenses enverga(va)m em dias de religiosidade ou romaria.
Confinado esse costume rigoroso apenas às aldeias litorais da Areosa, Carreço e Afife, ou limianas da Meadela, Santa Marta de Portuzelo, Pêrre, Outeiro, Serreleis e Cardielos, é curioso reparar nas diferenças essenciais que, embora em sentido restrito, classificam o traje à vianesa em tipificações distintas, delas derivando os outros. Vejamos:
O fato da Areosa, muito vivo de cores, com predomínio do vermelho (até a barra da saia é toda vermelha), também se distingue pela singeleza no lavor do avental, um tudo-nada semelhante a um tapete de vistosos ladrilhos em vários tons. O fato de Afife, esse ainda mais singelo, mas não menos interessante, ostenta barra (ou forro) da saia em tons de azul-marinho, avental simplesmente vermelho com listas pretas e lenço da cabeça em amarelo vivo ou amarelo canário e no peito o tom alaranjado. O fato de Santa Marta, de todos o mais complicado e rico, seja ele o traje azul (Dó) ou o traje vermelho, tem avental largo e comprido em flores e folhas de cores diversas, lenço franjeiro da cabeça e do peito no mesmo tipo (de fundo azul ou vermelho, conforme o fato) ou amarelo no peito com o vermelho encarnado na cabeça alguns sem franjas, coletinho intensamente bordado, barra da saia em preto, com ou sem silva. Igualmente pode-se dizer sobre os da Aldeia vizinha, Meadela, mas com pequenas diferenças nos ornatos do traje. O traje de Carreço aproxima-se bastante dos de Santa Marta, como acontece com os demais trajes usados nas freguesias que atrás se referem. Mas, um novo e interessante pormenor: muitas, muitas vezes as raparigas de Santa Marta de Portuzelo e de Carreço, vestem fatos semelhantes, havendo, no entanto, uma pequena divergência de pormenor, que basta para as identificar. É que enquanto as lavradeiras de Santa Marta ajustam, com mil cuidados, a fímbria da saia à orla inferior do colete (a parte de cima do cós da saia com a parte de baixo do colete) sem deixar intervalos entre as duas peças, já as de Afife e Carreço, e porque não mencionar também Areosa, estas usam distanciar as duas peças do vestuário, e ainda, as de Carreço, deixando uma abertura ao peito na camisa de linho...
Se bem que a distância, ao longo da beira-mar, entre Areosa e Afife, seja relativamente curta, nunca se vê uma lavradeira de qualquer desses lugares vestir o traje característico da outra freguesia. Do mesmo modo, também não obstante a proximidade, em nenhuma aldeia da margem esquerda do rio Lima, fronteiras ou próximas de Santa Marta de Portuzelo, como Vila Franca ou Mazarefes, se usa o traje típico daquela freguesia. Daí, também, em terras de Geraz do Lima, mesmo que o fato pareça de desenho idêntico ao de Santa Marta, lá prevalece o verde esmeralda a compor a diferença. Este escrúpulo e rigor estendem-se a uma infinidade de pormenores que se interligam e estreitam com uma profunda diversidade de usos e costumes que, há séculos, emergem nas ribeiras do Lima. O traje, que nos dias de hoje, tem procurado voltar as suas origens, tal como eram no séc XVII, é o Santamartense, usando as cores negras, as saias mais compridas, aventais geométricos, visualizando o preto como predominância. Enfim, o trajar “À Vianesa” não se deturpará, não morrerá, desde que saibam valorizar aos olhos das aldeãs, tarefa simples, pois elas sentem a beleza dos trajes e sabem o encanto e a graça que eles imprimem a seus corpos.
                                                                                                                 Fonte: Acácio Saraiva






História do Rancho Maria da Fonte